Quando chegar...

Abra a porta sem fazer barulho, tire os sapatos, suba as escadas silenciosamente, traga flores perfumadas, pois estou enamorada a tua espera, banhei-me em aroma de rosas, soltei os cabelos que estavam presos, sinta a maciez...

Sob a penumbra, debrucei-me, apenas a luz da lua, há de nos iluminar, toma-me nos braços, veja como encaixa perfeitamente teus braços nos meus.

Do teu sorriso maroto, extrai o gosto da felicidade, embriaguei, não tem mais jeito.

No brilho da meia luz, nascem às palavras, meus olhos vagueiam no espaço, corre para meus braços, do sonho incontido, alucinação com o aroma que da noite emana.

As estrelas cintilam no céu, no esplendor do amor, atravessa o tempo e a memória, retrata nossa história.

Um cruzar de linhas misteriosas, pequena centelha que incendeia o silêncio, ao beber do cálice do amor, apoderar-se aos poucos, envolvente, submergindo em meu ser, encontrei você.

Segura minha mão, baila comigo sobre o infinito, sob os anseios e desejos mais profundos.

Ancorei no teu porto de carícias, percorro em pensamentos em teu corpo, desvendando cada linha, mergulhando em cada marca acentuada, tecendo um poema de amor.

Escrito em: 19.10.2005

Por Águida Hettwer