"MINHAS MÃOS TRÊMULAS"

Pretendia, eu, descobrir o teu corpo

desvendar os mistérios, se houverem

sei, ainda, que teus afoitos suspiros

roubam a tranquilidade do meu sono

e, que o descompasso do meu coração

nada mais é do que excitação, vontade...

se acentua, com o perfume que você exala

percebo, perfeita a minha saciedade

eu, eu, digo, você não houve, só você fala

insisto, cheio de amor, até embriagar

mesmo com as mãos trêmulas, nervosas

inicío a tirar tua roupa, devagarinho

uma por uma, como pétalas de rosas

pretendia, eu, viver um sonho, revirar !

cumprir meu maior desejo, assanhar !

matar-me e matá-la de tesão, celebrar !

depois... cobrir-nos com o manto do carinho

amá-la mais, do que somente com o meu olhar.

RSC-Maceió 2008.

René Cambraia
Enviado por René Cambraia em 12/05/2008
Código do texto: T986566