A MOÇA DA JANELA
Caminhando,
Na madrugada fria e calma
Meu cansado caminhar
Demonstra paz de corpo e alma
Após penoso lidar
Suave brisa abre uma janela
Linda flor adormecida
É o segredo que revela
Mulher-anjo semi-despida
Da alva seda que a vela
Na guarda de estrelas descansa do dia
Tranquila repousa em sonho distante
Sonha quimeras ou só fantasia
De reis e princesas que passam adiante
No silencio de seus lábios vejo um tremor
Impedindo o ressonar
A incomodam o frio invasor
E a indiscrição de meu olhar,
Degustando o veneno de doce sabor
Do encanto desse momento
Acorde Flor Linda! Lutemos de amor!
É meu grito em pensamento
Um anjo em seus sonhos só deve inspirar
Amor sem palavras, amor sem tocar
A brisa intercede a me censurar
E sua janela faz fechar
De vista tão bela assim perdida
Meu lamento é um suspirar
Durma, durma...musa desconhecida...
Retomo meu caminhar
Lembrarei de ti, moça da janela
Será minha vez de sonhar
Fui apenas um orvalho em tua noite
Mas em minha noite...tu foste a Luz do Luar