A MOÇA DA JANELA

Caminhando,

Na madrugada fria e calma

Meu cansado caminhar

Demonstra paz de corpo e alma

Após penoso lidar

Suave brisa abre uma janela

Linda flor adormecida

É o segredo que revela

Mulher-anjo semi-despida

Da alva seda que a vela

Na guarda de estrelas descansa do dia

Tranquila repousa em sonho distante

Sonha quimeras ou só fantasia

De reis e princesas que passam adiante

No silencio de seus lábios vejo um tremor

Impedindo o ressonar

A incomodam o frio invasor

E a indiscrição de meu olhar,

Degustando o veneno de doce sabor

Do encanto desse momento

Acorde Flor Linda! Lutemos de amor!

É meu grito em pensamento

Um anjo em seus sonhos só deve inspirar

Amor sem palavras, amor sem tocar

A brisa intercede a me censurar

E sua janela faz fechar

De vista tão bela assim perdida

Meu lamento é um suspirar

Durma, durma...musa desconhecida...

Retomo meu caminhar

Lembrarei de ti, moça da janela

Será minha vez de sonhar

Fui apenas um orvalho em tua noite

Mas em minha noite...tu foste a Luz do Luar

Sacy Pererê
Enviado por Sacy Pererê em 19/04/2008
Código do texto: T953039