Persona

Fiquemos assim

Cara

a

cara

Percebamos em nós

Essa o!f!e!n!s!a!

O tempo se vence

A vida se passa

Eu – mais um homem

Você – mais um cara

Parados

Na esquina da fama

Personas...

Deixemos mexer a noite neblina

Molhando as bundas,

As caras enfadonhas,

As fronhas de folhas secas

Vozes veladas

Vadias almas que não se amassam

Veludosas vozes dos violões chorosos

Em Cruz

Pela cruz nossa de cada dia

Sejamos o dia

A tia

A via contramão

O pão nosso do céu da boca sedenta

Sejamos a venda dos olhos luzidos

A ave-maria do porto solidão

E na amplidão do sono morno

Que o destino se faz rogado

Seja a última estação

Na estação arte viva

Máscara rasgada

E assim então

Bailemos a eterna sinfonia da

LIBERDADE

O fingimento do poeta

Em Pessoa

Soando vivo o doce mistério

Da melodia

E nós dois....................

................Por aí.................

Como dois perdidos

Num noite

Suja.