O refém da calçada


Ainda lembro daquele desenho

que fizemos, no fresco cimento,

segurando a sua mão contornávamos juntos

o que viria ser, a imagem de um coração.

Os nossos sentimentos passaram para o cimento

e a nossa crença, era que aquela imagem

não iria transforma-se em uma saudade.

Até fizemos um juramento perante a imagem,

que por uma rivalidade durou pouco tempo,

juramos nos casar quando chegasse o momento,

e todos os dias, para que não caíssemos no esquecimento,

teríamos de nos encontrar, mesmo que fizesse mal tempo.

Assim foi a nossa história de amor

que terminou com o coração

como refém da calçada,

a espera que nós dois, lhe vá resgatar.