MEU CÁLICE

É madrugada!

O frio nos convida

para um cálice de vinho,

nos desperta um carinho.

O calor da lareira,

nos recorda o conforto,

no aconchego dos corpos.

Meu olhar no teu, é ternura.

Meu abraço, é o teu convite.

Meus beijos, em teus lábios, o teu desejo.

Sou a centelha que incendeia por inteiro.

Minhas mãos são malícias

que te inflamam o corpo

e despertam carícias.

Na penumbra, em teu quarto,

descanso em teu colo,

em teu abraço.

És meu cálice, e eu, teu vinho.

Na madrugada, à meia-luz em neon,

num instante, somos soneto reflexo

no cálice de vinho – um amor-perfeito,

quando somos um só corpo, unidos numa só viagem.

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 12/02/2008
Reeditado em 20/01/2017
Código do texto: T856225
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