ARDÊNCIA
Corro nas trilhas do pensamento
procurando teu rosto em toda a esquina.
Engano-me na espera, por um momento
e minha alma volita dançarina!
Em seguida, caio inerte em desgosto
e largo um enorme suspiro de lamento.
Pois vejo que não era teu amado rosto,
quando o meu céu fica triste e cinzento...
Assim, continuo sozinha.
Até quando eu desconheço.
Mas, sigo fora da linha...
E no final mais me aborreço.
Não tenho o calor do teu beijo.
Embora louca de desejo,
bem sei que não tem jeito...
Pois é de amor, de tristeza e de dor
que eu tanto sinto arder meu peito.