LUME DO AMOR

Quando estás assim, em meus braços,

Nossos corpos em estreito contato,

O ar tem algo de mágico, uma aura

De paixão, que nos envolve inteiros,

Como se explodissem mil fogos de artifício,

Ou um vulcão derramasse as suas lavas.

Então, já não te encontras onde estavas,

Qual se abrisse à nossa frente um precipício...

E levitas, entre suspiros e sussurros, verdadeiros

Arautos do imenso desejo que em nós se instaura,

Levando-nos em viagem de amor, por trilhas que, de fato,

Desconhecemos, como se a esmo fossem os nossos passos.

As minhas mãos percorrem o teu corpo, em plena busca

Do prazer que, aos poucos, da tua alma eu extraio,

Num passeio pelos floridos caminhos da tua pele nua...

E vejo em teus olhos esse brilho intenso, todo especial,

Com que, ao culminante ponto do êxtase, me convidas,

Tendo, no sorriso, a luz que emana dos apaixonados.

Nossos carinhos, por uma ardente volúpia são marcados,

Em ondas, pelas quais são nossas almas percorridas...

Nossa viagem, então, é como não tivera começo, nem final,

Uma maratona de delícias, que se renova e sempre continua,

Quando, a cada momento, ao curso do prazer eu te atraio

E somos envolvidos pelo lume do amor, que tudo o mais ofusca.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 02/02/2008
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