Antigas Palavras
Busco o eco
das palavras antigas
e me desenho, absorta,
no cascalho
de meus pra dentro.
E o coração bate
como se proferisse
o retumbar das emoções.
A beleza continua em seus olhos.
E a profundidade das palavras
ainda levam cor à face pálida.
Há um lapso de silêncio
nesta contemplação.
E o coração se fecha de repente
em si mesmo a seu modo estranho
de se proteger das saudades.
Mas, logo se abre,
procura e encontra tua alma
entre as palavras.
E o rubor torna a cobrir a face
com o significado profundo
das missivas de amor.
Faço uma pausa
no Pelejo dos Pássaros.
Depois, outro mergulho
em cada carta
que o silêncio do tempo
não apagou.
Olho ao redor
desejando que o tempo
não se acabe.
Danço!
Danço,
contigo amor!
Diria Tudo
que me quisesse
ouvir...
Ou.. Nada!
Não abrirei mais a boca
se assim você não quiser:
só o que quero é ouvi-lo...
Por isso, busco o eco
das palavras antigas,
absorta no cascalho
de meus pra dentro e na cor
de cada missiva de amor.