Que amor
Ela é justa,
seu jeito sério até me assusta.
Às vezes soa injusta,
com gostinho de desdém,
mas ela é quente,
tão quente que me queima se eu toco.
Suas palavras ardem em fogo,
como fumaça, me sufoca.
Ela tem suas manias,
seu limite de calma,
um jeito único que acalma.
Mesmo tendo tão pouca, é ironia,
uma mentira sem farsa.
É controversa, até estática,
em estatística, nem um pouco rasa.
Profunda como o mar,
e eu me afogo nesse mar.
Eu me afogo,
no fundo, do teu olhar.
Eu me desmonto inteiro, amor,
ah, se eu fosse... penso,
se eu iria... amor,
você me remontaria e desmontaria,
todos os dias, com teu amor.
E que amor... em amor?