A MELODIA QUE A VIDA NOS DÁ
Eu vejo em ti,
essa leveza rara,
como quem escuta o vento
sem se importar com o rumo —
mas sente a brisa, apenas,
e ali encontra sua paz.
Em cada passo teu,
eu percebo a coragem bruta
de quem caminha sem temor,
com a cabeça erguida e a alma solta,
a romper barreiras invisíveis,
a rasgar os velhos moldes
que o mundo teimou em traçar.
Ah, e é contigo que eu quero viver,
colecionando as horas que dançam leves,
as pequenas vitórias que o mundo dá
aos que ousam viver a própria alegria,
que abraçam o céu sem medir a altura
e veem no dia, a cada manhã,
um novo recomeço, um novo porvir.
És a centelha que transforma,
és a luz que ri para as sombras,
e, no teu otimismo sincero,
eu me vejo em paz, despido dos medos,
aberto ao simples, ao belo e ao verdadeiro
que florescem no chão do teu riso.
Então, me deixa estar ao teu lado,
nessa busca incessante,
nessa dança incerta dos dias
onde a liberdade é o compasso
e o amor — ah, o amor! —
é a melodia que a vida nos dá.
Segue, amada, sem receio algum,
desbrava as rotas, cria caminhos,
pois és vento e céu,
és o voo que não se limita,
és a asa que, mesmo sozinha,
faz da vida uma canção sem fim.
E eu, aqui, a celebrar ao teu lado,
a arte de ser, de viver e de voar,
sabendo que, onde quer que vás,
a liberdade sempre será tua,
e a alegria, a cada novo passo,
te acolherá.