JUNTOS
Quando penso viver
o agora e idealizar o porvir,
imagino-me encolhido,
enroscado nos teus braços,
metido no teu corpo livre.
Sentindo tua carne morna
e doce me engolindo.
O sulco aberto pelo ardor
da minha vontade rígida,
macia; mergulhanda
até ouvir o sopro do gemido,
que não é sofrimento,
mas prazer intenso.
Gemido mútuo
dizendo que é vida
O que, juntos,
(até em pensamento),
vivemos.