EMOÇÕES

Conversávamos ao luar

olhos nos olhos, felizes,

ela sorrindo, eu encantado

a brisa brincando com

nossos cabelos

Nossa atenção absoluta

era mútua, corações

batendo juntos no mesmo

ritmo. Naquele momento

pensei: nada afetará

nosso amor

Mas o engano é ledo,

as armadilhas espreitam

e qualquer nada se interpõe

para turvar a felicidade

a dois

Imaginando-me completo

à alma dela, gracejei

algo singelo repentino

ela olhou-me com

o semblante opaco

" Por favor ", pediu, " não "!

" Acho feio homens sem

seriedade. Gosto de você

sóbrio. " Pousei sobre

ela meus olhos

E retruquei: " prefere um

homem sem emoções?

Que graça tem um robô

sem sorrisos, sem alegria,

sem sair do sério? "

Ela refletiu, abraçou-me

em silêncio, então suspirou

sussurrando: " sobra-lhe

razão querido, não há

felicidade sem emoções."

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 13/10/2024
Reeditado em 13/10/2024
Código do texto: T8172356
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