VÊNUS DE MILO
Vês? Dentre os lírios, as madeixas morenas...
Ah colibri, diminuto coração
Junta teu canto à minha oblação
Ouviam a ti as mulheres de Atenas!
Tu tens todo o céu!
Tenho apenas as juras de um proscrito
Folhas d'um velho manuscrito
E o busto que erigi ao cinzel...
Louco, transpus o limite!
Era o busto de Afrodite
Que ousei dar teu nome, esculpindo-lhe os flancos
Tu agora, Vênus De Milo
Tornou-se a nudez marmórea meu castigo
Que cubro, egoisticamente, em linhos brancos!
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Observação
"Vênus De Milo" - Se refere a menina, esculpida em mármore (o busto erigido)