Partida
Amor, amar, você...
Como terei a vida, se no momento exato em que a vivia, deixei escapar-te entre os dedos?
Doença incurável, ferida que não sara.
Poesia inacabada que tornar-se-ia sinfonía em noites frias, gélidas.
Guardados em detalhes, o teu rosto, semblante, pedaços.
Queria agonia, deixo-te entrar um outra vez.
Sinto-me só, ela teria partido e sem ao menos dizer-me, adeus...
O relógio... O relógio, ele colabora para concretizar a dor tamanha.
E no refrão favorito, ouço:
"Talvez, talvez, talvez, eu seja o problema".
Martelando, batendo, maltratando, dilacerante remoer... Lembranças que fazem de mim, o meu Jesus desaparecido.
Chanceler crivo