ÉDEN
Tens em si o doce e suave toque de anjo
Que o tom somente da dor não basta
Por tempo não ter o abraço de tuas asas
E não ser seu instrumento de arranjo
Vens comedida diante dos sons celestiais
Desce do céu com a graciosidade emotiva
Trazes contigo as alegrias que não esvais
Semblante de sinfonia incrivelmente intensiva
Pousas noutras casas e em nenhuma sou eu
Abrir-te num sussurro alucinante de glória
Consciente de que teu âmago tens memória
Sabes que sou teu abrigo e teu afago és meu
Cheiras o aroma bucólico das rosas dimensionais
Entendas que te quero com o desejo ardente febril
Fogo santo abrigo de nossas intenções tão carnais
É sândalo do éden que derramarás em teu quadril