A caminho de Parságada
A CAMINHO DE PASÁRGADA
31/08/2007
Poesia
é manifestação do querer:
dos mais puros desejos...
e de desejos,
nem tão puros assim
Poesia
não é concretude,
é pensamento
em plena atitude.
É um amor eterno por dia
um mundo de sentimentos em romaria
É sedução
Carnaval em plena profusão
É megalomania e agonia
Meiguice e amargura!
Na qual morre o criador
e nasce a criatura!
Um criador nada divino
consigo mesmo
em plena ruptura
Ineditismo em recriação
Todos os sentidos
Sem nenhuma direção
Poesia
é manifestação
do querer:
dos mais nobres desejos...
e de desejos,
não tão nobres assim.
É uma foto do pensamento
num dado momento
É uma real síntese
de uma variação de sentimentos...
É um código singelo e indecifrável
Algo que torce e se distorce
Que seria bem mais explicável
se fosse Código Morse.
É um “claro enigma”
O drama de tentar algo dizer
e ficar completamente mudo
depois que Drumond e Quintana
já disseram quase tudo....
Poesia
É manifestação
do querer:
dos mais nobres desejos...
e de desejos,
não tão nobres assim.
Resta-me ir a Pasárgada
Bem no encalço
(Troc, troc, troc, troc )
dos tamanquinhos
de Cecília
Se falta avião,
(Café com pão
Café com pão
Café com pão)
Queria ir de trem.
Mas foi em vão
(De antemão)
Sussurrou-me Cecília
em tom de oração
que tal cidade
em verdade
é uma majestosa ilha.