QUE VIAGEM!
nem que cem anos eu viva
esquecerei
teu rosto
teu riso
teu terno olhar
o olhar que se derramava
nas flores
o olhar
que me aliviava as dores
que olhar amoroso!
Deus, como era gostoso!
como era prazeroso
ter tua presença em minha vida!
não que te transformaste em ausência
ó, não!
partiste e não partiste
porque sempre estarás presente
nos ventos, nos perfumes,
nas folhas de coqueiro que se balançam
na jardineira florida
sabe, às vezes eu faço uma viagem
vou ao teu encontro
nas lembranças dormidas
e me estendo além do jardim, da casa
da rua, da cidade
parece que alcanço outro
vale
o vale da felicidade