QUE VIAGEM!

nem que cem anos eu viva

esquecerei

teu rosto

teu riso

teu terno olhar

o olhar que se derramava

nas flores

o olhar

que me aliviava as dores

que olhar amoroso!

Deus, como era gostoso!

como era prazeroso

ter tua presença em minha vida!

não que te transformaste em ausência

ó, não!

partiste e não partiste

porque sempre estarás presente

nos ventos, nos perfumes,

nas folhas de coqueiro que se balançam

na jardineira florida

sabe, às vezes eu faço uma viagem

vou ao teu encontro

nas lembranças dormidas

e me estendo além do jardim, da casa

da rua, da cidade

parece que alcanço outro

vale

o vale da felicidade

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 29/07/2024
Código do texto: T8117528
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