A deriva
Por teus olhos, pude enxergar um horizonte tão pleno, límpido, esclarecido.
Tive medo de não temer tanto a felicidade.
E no fim, sei que poderia ter sido feliz, um pouco mais.
Em meio aos trovões, corri em desespero, sem rumo e nem direção alguma.
Perdir-me do teu olhar e no escuro coloquei a mimeo meu eu sozinho.
Fosse dia, tarde, noite.
Sem a tua presença, não saberia realmente quando seguir.
A garganta que tanto sangra de gritar, agora, emudece os lábios de quem tanto não saber cativar a felicidade.
Pois sem ti, meu mundo está opaco.
E sem a tua presença, encontro todas as direções, menos o Norte que tanto busquei, obtive e me fiz perder.
Pondo-me aqui, a deriva, sem um porto seguinte para atracar e sentir-me seguro uma vez mais.
Chanceler crivo