No olhar
Quando eu nada quis falar
sentada olhando a janela
o amor eu não vim calar
meu silêncio em lenço acenou para ela!...
Na janela de meu olhar
você adentrou e não calou
ondas quebravam no mar
em minhas águas você se molhou.
Nossos rios deságuam
numa correnteza de quase certeza
há tempos se buscavam
palavras mudas em clareza.
O mar trazia suas ondas em canto
no instante que nosso olhar
beija nossas areias
que o tempo recolheu em manto
sereias percorrem nossas veias.
Buscam o coração
nas leituras do amor
um canto em oração
de nosso esplendor.