Digam louco
Para os nada saber decifrar , digam louco .
Abri portas pelo tempo
estou carregando e desaguando,
olhando no mais profundo de meu ser
as vezes sou náufrago,
noutras ressurge em mim um querer.
Caminho lentamente quase num deslizar
pelas portas abertas,
das fechadas a mão para na maçaneta, em um analisar.
Pelo chão jogadas são cartas,
neste jogo sou perdedora e vencedora,
meu olhar me encanta e me arrasta para mais longe.
Minha alma corredora, me cubro de monge...
Escondo a serpente, arrasto o hábito de freira e
disparo loucamente, ainda sou fera.
Mulher... Homem... Nada e tudo... Sou o mundo
e o fundo.