Versos...

Se estes versos que destas mãos renascem como rios pudessem declamar,

 

Exclamariam diante do luar,

Gotinhas faceiras que envolvem o coração em vão...

Teu cobiçado amor tornou-se um mero passageiro de vagões onde habita a solidão.

 

Nas suas vãs glórias de outrora,

O coração balbuciava os angélicos sabores em seu âmago,

E agora esconde, trancafiados em castelos fúnebres de areias,

Os tormentos destes lábios reféns de si...

Nesta vasta neblina que encobre estes amargurados olhos de lágrimas.

 

Se restou-lhes apenas recordações

De um salutar presente entregue por querubins de dias festivos,

Onde as pontas dos dedos acariciavam seus redemoinhos de carinhos tênues...

A divina expressão do amor nos mais íntimos confins se enveredou consigo,

Revelando em prantos a infinita fenda da desilusão.

 

Neste devocionário coração, escreves as intermináveis ladainhas,

Movido por sonhos lívidos feitos de nostalgias...

Que ruminas em sombras cativas de uma doce esperança,

Motivações pautadas em verdades duvidosas,

Entre os caminhos penosos dos dias...

Que em goles e gargalhadas de euforia partilhasse com os deuses,

O salutar néctar da vida: o amor.

Marcelino Gomes da Silva
Enviado por Marcelino Gomes da Silva em 24/05/2024
Reeditado em 24/05/2024
Código do texto: T8070369
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