*_ PÉTALAS CÔR PÊSSEGO...
A praça estava quase deserta, exceto pelos pássaros cantando, o vento balançando as copas das árvores numa manhã de sol, alguns poucos viventes.
Segurei tuas mãos, lindas, com veias pulsantes, bem delineadas e olhei teus olhos!
Negros como um céu estrelado...
Ainda me lembro que me disse não achá-las bonitas, as mãos...
Bobagem...
Estava enganada, eu não pensava a mesma coisa...
Prometi-lhe uma poesia...
Uma prosa, um nó poético dentro do seu coração.
Poesia para uma rosa...
Acredito que o seu e o meu mereciam uma esperança.
Me lembro quando me chamou de "amore" pela primeira vez, era uma palavra amena, uma forma simplista, talvez pra não se sentir tão envolvida.
Mas também dizer que havia algo mais profundo dentro do seu coração!
Ri sozinho naquele dia...
Prometi que lhe faria uma poesia...
Esperava que ela fosse bem diferente de palavras comuns.
De sentimentos jogados ao vento...
Sabia de suas cicatrizes do passado.
De sua história que não foi, que ficou estacionada no tempo!
A cada passo dentro do seu coração, você se cercava de espinhos, típico de uma "Rosa Juliet" com pétalas de cor pêssego.
E você sequer percebia...
Foi sua forma de lidar com o novo.
Você sempre achou que se apaixonasse novamente, o mundo partiria se coração!
Não entendeu, que minha alma estava te abraçando.
Acredito que o lugarzinho à mesa de sua casa continua preenchido com minha lembrança tomando sopa!
Minha forma energética em cada gesto, em casa sorriso...
Então me fiz uma promessa, iluminar você, sem nunca tocar em sua sombra!