Se passou um ano
Em noites frias de dezembro, a saudade me envolve,
Um ano se despede, deixando lembranças que resolvem.
Neste Natal, distante dos filhos e da amada,
A separação aperta, a dor é silenciada.
A árvore enfeitada brilha, mas meu coração é sombra,
Lembranças de risos, agora uma saudade que assombra.
As luzes piscam, mas a esperança se dissipa,
A separação, uma escolha difícil, mas precisa.
Entre presentes embrulhados, a solidão desembrulha,
Cada laço apertado, uma lembrança que ralha.
O amor que se foi, mas que nunca se esquece,
Em cada verso, a poesia da saudade se aquece.
Nas memórias, um presépio de momentos vividos,
Na tela da mente, retratos dos dias perdidos.
A família, agora distante, mas sempre presente,
A separação, uma ferida que insiste.
No jantar vazio, a mesa guarda histórias passadas,
A ceia compartilhada, agora sombras desgastadas.
O brinde solitário ao que foi e não mais será,
No coração, a cicatriz que o tempo não apagará.
Mas entre as lágrimas, há promessas de amanhã,
A esperança renasce, como a luz que não se apaga.
Neste Natal ausente, uma poesia de resignação,
Na separação, o aprendizado da transformação.
Diego Schmidt Concado