Não se esquece
Na trama da vida, a separação se impôs,
Erros no intento de acertar, laços desfeitos, nós.
Longe dos risos infantis, um peito oprimido,
Distante do amor vivido, cicatriz no coração ferido.
Dezessete anos de união, agora fragmentos dispersos,
Caminhos que se afastam, memórias em versos.
A ausência das crianças, um aperto que não cessa,
E na distância da amada, uma cicatriz, firme promessa.
No peito, o peso das escolhas e do arrependimento,
Mas no calvário da separação, há o alento do movimento.
A busca por melhoria, um compromisso com o amanhã,
Reconstruir pontes quebradas, erguer a esperança como grã.
Se no passado houve amor, quem sabe no futuro,
Conversas se desdobrarão, como rios em murmúrio.
Amigos em potencial, numa trama de novos começos,
Você será lembrada, nos cantos do coração, em versos.
Dezessete anos não se apagam, são páginas vividas,
Marcas indeléveis, como tatuagens queridas.
A vida segue, aprimorada pela experiência passada,
E na jornada, você permanecerá, uma lembrança guardada.
Diego Schmidt Concado