POESIA DE ABANDONO
Eu não me escuto!
Outrora escrevia,
poesia de sofrimento.
Segundo encontro,
já doía tanto.
Persistir no encanto.
Acidente de trânsito,
diagnóstico: não te ter.
Disse-me não ser o fim.
Venho ao meu socorro.
Em terra já éramos colisão.
Chamou-me para voar.
Insistir no engano.
Hoje escrevo:
Poesia de abandono!
Disse não me soltar,
errei em acreditar,
vejo-me cair no ar.
Senti me abandonar,
as promessas a se quebrar,
tentei me segurar.
Você em terra firme,
a me observar,
eu lentamente despencar.
Não sei me salvar!
ainda te amo,
sigo me odiando.