Horizonte

Algumas vezes, as nuvens se formam no horizonte dos nossos dias, escondendo o sol em seu manto cinzento. São tempestades que desafiam a serenidade, ventos que sopram desafios, mas, em seu turbilhão, encontramos uma sabedoria oculta. Às vezes, coisas ruins acontecem, como folhas arrancadas pelo vendaval da adversidade, para nos guiar a caminhos que desconhecíamos.

É na escuridão que descobrimos as estrelas que, até então, passavam despercebidas. As dores que nos visitam não são um destino final, mas trampolins para novos horizontes. O amargo das lágrimas nos prepara para o doce da alegria, como o arco-íris que surge após a tempestade, colorindo o céu de esperança.

Coisas ruins acontecem para nos mostrar que somos mais fortes do que imaginamos. São capítulos desafiadores que escrevem a narrativa da nossa resiliência. Cada lágrima vertida é uma semente que, ao tocar a terra da alma, germina em crescimento. As adversidades não nos definem; são molduras passageiras no quadro da nossa existência.

Às vezes, o curso da vida nos força a mudar de rota. Uma porta se fecha, mas nos convida a abrir outras que nos levam a paisagens inexploradas. São convites para descobrirmos a grandiosidade da nossa própria jornada, os tesouros escondidos nos recantos que nunca pensamos explorar.

A transformação, muitas vezes, surge do caos. É na desconstrução que encontramos os alicerces de um novo começo. As lágrimas não são o ponto final, mas vírgulas que indicam que há mais por vir. Coisas ruins acontecem para nos mostrar que, mesmo na escuridão, há uma luz interior que guia nossos passos.

Assim, aceitemos o desconhecido com coragem, pois é nesse terreno instável que encontramos as sementes das melhores colheitas. Cada cicatriz conta uma história de superação, cada desafio é um convite para desvendar a força que reside em nós. Coisas ruins acontecem para nos lembrar que, no tecido da vida, o fio da esperança nunca se rompe.

Diego Schmidt Concado