A matemática do som
Em um pôr do sol agreste,
Após voraz e longo tempo
Vi em teus olhos um brilho quase que celeste
Dizia a rosa que tinha em casa
Que nunca conheceria tal brilho
Que fosse categoricamente maior que os dela
Pois empiricamente não exata
Mas matematicamente
Digo que sua aurora
És a mais bela das já vistas
Em qualquer coisa ou criatura
Do mais belo pó foi feita
Da mais refinada madeira
Muito bem trabalhada e cravejada
Seus fios longos e macios
A que toco fazendo um Lá menor
Onde dos menores medos afugento
Não tenho mais medo dizia o regente
Que tocava Clara e lentamente
Em um pôr do sol agreste.