A matemática do som

Em um pôr do sol agreste,

Após voraz e longo tempo

Vi em teus olhos um brilho quase que celeste

Dizia a rosa que tinha em casa

Que nunca conheceria tal brilho

Que fosse categoricamente maior que os dela

Pois empiricamente não exata

Mas matematicamente

Digo que sua aurora

És a mais bela das já vistas

Em qualquer coisa ou criatura

Do mais belo pó foi feita

Da mais refinada madeira

Muito bem trabalhada e cravejada

Seus fios longos e macios

A que toco fazendo um Lá menor

Onde dos menores medos afugento

Não tenho mais medo dizia o regente

Que tocava Clara e lentamente

Em um pôr do sol agreste.

Cristelli
Enviado por Cristelli em 13/12/2023
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