LÁGRIMAS DA CZARINA

Flume! Torrente que corre em veio

Às vezes silente, às vezes trovando...

Quantas vezes banhou olhos chorando

Juntando a teu canto, o pranto alheio?

Por vezes lavava o rosto nos álgidos orvalhos

Dela jamais vi a lágrima que rola...

Jamais a palavra que assola

Mudos soluços - A mudez dos montes grisalhos!

Debruçada sobre aprazível leito, entre açucenas,

Derramava Ela, o pranto das Helenas

Divas que buscavam consolo nas vinhas...

Cheio de esperança, busquei junto à água cristalina

Os olhos orvalhados da Czarina

Porém tu se foste! Do rio apenas misturei tuas lágrimas às minhas!

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Observação

1 - “montes grisalhos” no texto faz referência aos montes de grande altitude, que conservam neve perpétua em seus cumes

2 - “Czarina” - Título de nobreza e respeito usado na Rússia antiga (Império)

No texto é usado para se referir à cantora a qual foi dedicado o poema (cantora da Rússia)

André da Costa
Enviado por André da Costa em 09/09/2023
Reeditado em 11/09/2023
Código do texto: T7881826
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