LÁGRIMAS DA CZARINA
Flume! Torrente que corre em veio
Às vezes silente, às vezes trovando...
Quantas vezes banhou olhos chorando
Juntando a teu canto, o pranto alheio?
Por vezes lavava o rosto nos álgidos orvalhos
Dela jamais vi a lágrima que rola...
Jamais a palavra que assola
Mudos soluços - A mudez dos montes grisalhos!
Debruçada sobre aprazível leito, entre açucenas,
Derramava Ela, o pranto das Helenas
Divas que buscavam consolo nas vinhas...
Cheio de esperança, busquei junto à água cristalina
Os olhos orvalhados da Czarina
Porém tu se foste! Do rio apenas misturei tuas lágrimas às minhas!
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Observação
1 - “montes grisalhos” no texto faz referência aos montes de grande altitude, que conservam neve perpétua em seus cumes
2 - “Czarina” - Título de nobreza e respeito usado na Rússia antiga (Império)
No texto é usado para se referir à cantora a qual foi dedicado o poema (cantora da Rússia)