TERNURAS
Abrangentes delicias vão se espalhando,
Afetos que emolduram um olhar,
Umedecidas sensações que brotam dum deslizar,
De mãos que derramam carícias tão doces,
E as magias se propagam nas sensações.
Ternos olhares vão se acentuando,
E casais num ímpeto procuram o amor,
Que talvez adormecido não se manifestava,
Diante de situações até ausentes,
Que feriram quem sabe seus sentimentos.
É o ressuscitar de almas até dormentes,
Sem razões para um lindo despertar,
Que surgiu de uma troca de olhares,
Correspondidas então de corações comparsas,
Com pulsações que se foram acelerando,
Prenúncios de um amor que surgiu então,
Calmo e sem demonstrar impetuosidades,
Necessárias para que hajam reciprocidades,
E elas foram se acentuando em abraços e afagos.
Ternos olhares com olhos umedecidos,
Culminaram um amor que sem pretensões surgiu,
Diferentes de ímpetos forçados que desmerecem o amor,
E terminam com atos brutais e separações violentas,
Vitimando a mulher que é frágil nas brutalidades,
Mesmo sendo mamães que amamentam seus filhinhos.
O amor generoso que meu coração escolheu,
E teve a reciprocidade da criaturinha tão meiga,
Namoradinha graciosa que jamais esquecerei,
Teve frutos generosos de uma descendência tão bela,
Até que um dia Deus à levou para enfeitar seus Jardins,
E meu coração tão triste só guarda doces lembranças.
Daquele amor inesquecível de infinitas recordações.
Jairo Valio