POESIAS NÃO VIVIDAS
Aos poucos são esquecidas,
Vão se tornando esvaziadas,
Pelo modernismo atual,
Que dilacera suas entranhas,
E deixa-as abstrata e sem vida.
Seus conteúdos se esvaziam,
Diante de argumentos tão vagos,
Que mancham suas estruturas tão bonitas,
Quando narram sobretudo o amor,
Diminuídos diante de ódios acumulados.
Casais enamorados dele se esquecem,
Mesmo sabendo quanto é belo,
Pois estrutura todo um amor,
Despertando as paixões,
Necessárias para uma vida bela.
A natureza então chora as consequências,
Pois suas flores lindas perdem seus perfumes,
E as criancinhas graciosas não mais às colhem,
Para entregarem às mamãezinhas,
Que lágrimas derramavam com sorrisos.
O Sol quando despertava no alvorecer,
Derramava luzes para todas as dimensões,
Dando vidas para flores sonolentas,
Que expeliam então doces perfumes,
Que a brisa suave vinha buscar e espalhar,
E cachoeiras mimosas enfeitavam os cenários,
Com a passarada cantando em festas,
Até que os encantos se acentuavam.
Um manto escuro então vai se estendendo,
E estrelinhas brilhantes despontavam aqui e ali,
Piscando no Céu como crianças brincando,
Até que o lindo cenário irá se completar,
Com a Lua esplendorosa iluminando todas as dimensões,
E isso desperta até amores ausentes,
Que num piscar reascendem o amor,
E nunca jamais será vencido,
Pois foi Deus que o implantou.
Jairo Valio