*_ TUA ALMA MAIS AMADA...
(Do amado Cecéu para sua Esmeralda Infante)
Ó minha bela!
Que desafortunado destino separou-nos deixando tão distante em laços que nos prendem a
circunstâncias que não podemos domar e que pertencem a familias que deveriam ser minha e sua?
De outras terras viemos e em terras longiguas aprendemos a amar.
Reivindico aos céus nossos direitos ainda que não acolham minha vontade!
Ouve-me ó céus no sereno da noite ou no sopro da viração do meio-dia!
Aliás parecem nem auscultar meu clamor!
Quem dirá essa falta de abastança que nos propicie
o justo encontro?
Acaso fomos tão soberbos assim em outras vidas? Acaso é a paga das desditas de outrora que recebemos como saldo?
Só pode ser, é como se abutres se alimentassem das minhas e suas sofridas saudades!
Não queria terminar meus dias pousando noutra flor
que não fosse tu!
Quão belos pensamentos açula aqueles momentos
tão nossos e que vivemos como se fossem os últimos!
Acaso nossa alma sofria antes de antever o final?
Acredito que sim.
Me lembro quão paralisante e inexplicável ternura e
tremor quando pousate os olhos em mim.
Quis correr, a abraçá-me e não se separar jamais desta figura querida, que não tinha a menor ideia de quem fosse.
Mas entendia como um reencontro!
Ao mesmo tempo certa estava de tratar-se de alma mais amada do seu ser e que emergia de algum lugar de sua memória, de outras vidas talvez!
Arrebatando-te de uma funda escuridão...
Era um sentimento que se irradiava por todo o teu espírito. Um sorriso iluminou sua face e uma certeza coube dentro deste seu maltrado coração, pois não existiam palavras que traduzisse nada tão encantador para vós!
Doce é a primavera que arrebata teus braços nas asas do poeta, tornando-nos amantes na vida e na morte!
E sabias no fundo d'alma que aquele abraço seria o enlevo de sua moradia para todo o sempre!