Dizeres à Jade

Nunca estou só com meus pensamentos,

Pois você está em mim em todos os momentos

Mesmo que só me reste amargar a realidade

Você é minha doçura, estimada jade

Entre trevas e potestades,

Eis que resplandece meu anjo de luz

Dispersando, gentilmente, as calamidades

Removendo, dos meus ombros, a cruz

Cada dia ao seu lado,

É um presente do divino universo

Grandioso demais para um simples verso

E para, neste coração, ser guardado

Quebrarei os espinhos,

Antes de ver seus pés sangrarem

Por trás das sombras, velarei seus caminhos

Antes que eu veja seus olhos chorarem

Pedras preciosas

Devem ser bem guardadas

Pessoas valiosas

Merecem ser exaltadas

Só você, jade companheira,

Viu-me cair e me ajudou a levantar

Aceite, de mim, a devoção verdadeira

De quem ensinaste a ver a luz brilhar

Deste à minha alma,

A dádiva da ressurreição

Seu abraço me protege e me acalma

Libertando, das trevas, meu coração

Meus olhos não olham para a escuridão

Quando ouço você chamar meu nome

Colocando, sobre a minha cabeça, a sua mão

Seu amor repreende o mal que me consome

Não sei, minha bela jade,

Se és anjo ou homem

Se és sonho ou realidade

Simples delírio, ou felicidade

Mas sei que venceste a truculência,

Com gentileza, derrubaste a resistência

Guiando essa alma perdida na escuridão

Até, por fim, tomar-me o coração