OS TEUS OLHOS
Em teus olhos, transparência.
Verdade e uma certeza,
sinto, na profundidade da represa,
que existe por trás deles, esperança!
Que nos lindos e castanhos olhos
o não, (-que a formosa boca profere!)
neles é um sonoro, infinito e suave sim!
Desejo toca-los com meus lábios
e selar um compromisso de amor!
Se insisto, não minto!
Quando miro os olhos teus,
sinto-me assim, só neste mundo!
A bela aparência não mais me interessa
se estamos entre a fera e a presa
se tens única e imensa beleza
que ora, sem dar importância, desprezo!
Aquilo que diz a boca formosa
os teus castanhos olhos desmentem!
O que nela é um sonoro não,
neles é um sincero sim!
Creio mais nos olhos,
eles não mentem.
- Que nunca tentem,
- descobrirei!
Então serei credor deles, com calma,
pois vejo que refletem assim,
um desejo que brota da alma!
O não que aflora da boca, neles é um sim!
Assim, na claridade do dia,
nos amaremos sem temor
e enquanto fizermos amor,
não desviarei meus olhos dos teus.
Gui Mendez – junho 1995