Parte I: A bêbada equilibrista

Gente, gente, olha lá

Uma bêbada equilibrista

Levando a vida como dá

Com seu jeito de artista

Gente, gente, vejam só

É uma bêbada vivendo

Ou tentando viver tudo

Que for possível ao mesmo tempo

Mas olha gente, como faz

A equilibrista pra manter,

Dia e noite, pode ser,

O equilíbrio que a ergue.

Aquela bêbada equilibrista

Acostumada aos desequilíbrios

Que a vida lhe oferece; mal

Sabe ela que terá, lentamente

Acertada, em uma noite

Enluarada, com Caetano ou

Outrossim; Dia a dia,

Ano a ano, a vida onde tenta

Equilibrar seu corpo vil.

Porém a equilibrista,

Que com seu olhar conquista,

Não encontra mesmo em si

Um refúgio de sua vida que,

Como equilibrista, não consegue

Equilibrar. E traduz em malabares,

Escondendo seus pesares,

Sentimentos e vontades, tudo aquilo que

Jamais soube enfrentar.

Yohan
Enviado por Yohan em 01/05/2023
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