Nossos nomes e vindas
Passei pela porta de seu quarto,
A lágrima desceu como um rio íntimo – desalinhado!
Passei pela porta de seu quarto,
Nada mais fez sentido.
A culpa não se esvai com seu rosto lindo,
E vindo de tão distante – como a poesia se faz transplante,
Pareço acatar o peso de um universo inteiro.
E seriam nossos nomes e vindas, nossas fitas cinzas de um passo largo,
Um retrato cortado e colado,
De uma neblina do amor?
E seria meu passado assombrado,
Meu contato comigo,
Minha mente que de tão pura,
Faz-se obscura em tamanha verdade?
E seria minha fidelidade com versos,
Meu sorriso nem tão discreto,
Ou nada secreto que me faz sofrer?
E nossos nomes que combinam,
E nossas casas que se uniram,
E nossos laços que fundiram,
Uma completa sensação de verdade,
A verdade que o coração conhece.
Nossas águas são só minhas,
Descem pelos meus olhos castanhos,
Provo o amargo de querê-lo,
Tal qual o doce de encontrá-lo.
Como se não bastasse o corte profundo,
Eu me perco em seu olhar de menino,
E só assim me refaço.