SUA FLOR

quando beijas sua flor, ela sente o corpo tremer, sente suas delicadas pétalas desabrochando em meio ao amanhecer...
Quando colocas a seiva de teus afetos em suas pétalas, é como se o mundo inteiro parasse para que a natureza conspire a favor.
Mas sutilmente, essa flor se apaixonou por esse encanto de beija-flor que lhe dá afeto e carinho.
Os carinhos desse livre beija-flor, adornam a alma e o espirito vibra quando o beija-flor toca simplesmente sua frágeis e perfumadas pétalas.
És uma simples flor num canto isolado do jardim, ondo ninguém percebera a beleza dessa humilde flor, mas de espírito nobre e guerreiro que se escondia por de trás de toda aquela tristeza.
Onde nem a névoa cortante passara por lá.
Criou vida depois que esse adorável beija-flor estivera por lá.
Ele passou a cortejá-la, e lhe dizer coisas tão belas, e lhe ensinou a voltar a se amar.
Todas as manhãs com sua doce voz melodiosa e afável que acabou encantando-se.
Uma pobre flor frágil e infeliz.
Trazendo-lhe de volta a vida, e trouxera novamente o viço perdido dentre as folhagens secas e sem notoriedade daquele isolado jardim.
Pois essa flor destacou-se dentre o jardim, esse nobre beija-for tornou-se muito importante para essa flor, infeliz e solitária, literalmente traída pela vida!
Que já não sentira a tempos a brisa fresca intercalando suas pétalas e nem as gotas de orvalho contundentes de cada amanhecer.
Esse beija-flor lhe trouxera esse sentimento único e absoluto, que é o amor.
Mas quando caiu por si, viu que era um amor impossível.
Chorou copiosamente, descobriu que apaixonou-se por um pássaro, viu que eram de mundos completamente diferentes.
E essa flor voltou-se ao declíneo de sua profunda tristeza.
Amargurou-se, pois jamais poderia amar um beija-flor.

Lívea Messina Nunes.