AQUELES OLHOS
Vês! Serenos... Plácidos... Augustos!
Dos ardores, dos suspiros, dos mil ais...
Da dor dos que não podem mais
Da queda fabulosa dos justos!
Fostes Helena, Elizabeth, fostes Beatriz!
Reescreveu Zeus a fatal poesia
Nos olhos mortais onde o bravo expia
E a virtude já não é seu juiz!
Ó olhar proibido!
Não os vi nos afrescos, nenhum busto erigido...
O homem virtuoso teme a si próprio!
Porque premiaste teu olhar ao fraco
Tombei! E nas aflições dos ímpetos de Baco
Fez-se meu porto, meu consolo, meu ópio!
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Observação
1 - “Zeus” - Se refere ao mais importante deus da Grécia Antiga
2 - “expia” - Está no sentido de “pagar”, “sofrer”
3 - “Baco” - Segundo a mitologia romana, era o deus do vinho, das festas e da felicidade