O Cordão.

O cordão.

A aurora desperta a cidade enfim.

o Colibri solitário, encanta e canta pra mim.

Um gole de café pretinho,

me alerta pra missão do dia cumprir.

Viver, conviver, resistir e as emoções desse lindo dia sentir!!!

O dia, o trabalho foi intenso, sobrevivi,

mas...alguma coisa falta, falta sim!!!

A volta pra casa, juro...no caminho quase ninguém eu vi,

Apenas o baralho de um colar que balançando, enroscava-se em mim.

No vai e vem da vida, o bruto afastou-te de mim

A porta eu abro...com muita delicadeza,

Um banho aliviará o estres do dia, com certeza.

O porta retrato te exibe, caráter forte, honesto, olhos azuis...quanta sutileza.

Mãos grossas...que conduz o gigante de ferro com presteza e habilidade

mãos estas que meu corpo afagou deixando muita saudade.

O banho, aliviará a saudade a qual me consome,

ensaboando-me fecho os olho e vejo, as seis letras do seu nome.

A água que corre meu corpo vai aos pouco fresando- me.

O óleo trifásico sobre a penteadeira intacto fica me instigando,

próximo a ele “o cordão” que em meu pensamento mil coisas vai despertando.

Ousei-me ao som de “Bryan Adns” balançar o óleo, com o cordão por entre os dedos,

Foi o suficiente para atiçar meus mais íntimos desejos.

Tu sabes o que pode um corpo umedecido em óleo reagir.

Em nossos lençóis branquinho envolvi-me,

foi bom, foi muito bom, mas nada supera-te.

Como sabes depois do êxtase, eu ponho-me a dormir,

No quatro escuro e gelado te espero, até que o trabalho te proporciones a vir.