Tempos em vestimentas

O tempo embaixo das vestimentas rupestres, encontram os abismos de um ser em plena evolução. Ó tempo, por quanto tempo há de ser o tempo regulador dos tempos ? Diga-me com quem andas tempo?

O tempo nos deu motivos de incertezas dos nossos amores que sobreviveram aos tempos difíceis. Eram tempos mórbidos que julgávamos ser um tempo que maltratava o tempo perdido.

Ó tempo, diga-me se és um tempo, um ser que nenhum de nós precisávamos contar o tempo para ser felizes. Vivemos em tempos presentes que fazem do tempo algo a ser preservado.

Então, diga-me quanto tempo os rios precisam para curar suas nascentes, os mares curar suas ressacas e os amores encontrar seus tempos amáveis?

Encontro-me preso ao tempo presente em que meu devir, está preso ao tempo correto dos afazeres equivocados. Peço-vos tempo, mais tempo para meu tempo finito desabrochar em tempos amáveis.

Mesmo que sejam breves tempos de vestimentas rasgadas em sedas temporais.

Wagner em versos
Enviado por Wagner em versos em 16/11/2022
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