NOSSO AMOR, UM SONHO SEM JUÍZO
Pois é...
Se este sonho,
estivesse mais perto...
Ia trabalhar de graça,
ser seu servidor neste sítio...
Só pela comida,
e a pousada no seleiro...
Neste serviço escravo...
Passaria noites em claro,
esperando minha senhora...
Louca e com a libido rasa,
evaporando nesta pele clara...
Vir visitar-me...
Às escondidas, sorrateira,
nas madrugadas...
No meu catre, de colchonete raso...
Corpo desnudo,
membro inflamado...
Como escravo no tronco,
a espera do castigo...
Contemplaria teus olhos em brasa,
enquanto a Lua atrevida...
Pela fresta no telhado de zinco,
assistiria indiscreta...
Seu galope em meu corpo,
em sua cavalgada...
Dois corpos,
entrelaçados...
Num vício...
De desejo insanos,
e loucuras benditas...
Desafiando o perigo...
Bene