Das flores que nascem aos versos que morrem.
É somente na poesia que os versos podem morrer sem nos dar conta que a tristeza possa se transformar em existência maior. Somente na poesia, as flores nascem sem terem sido germinadas em adubos.
A poesia é um caminho sem traçar metas. Ela é uma existência que não precisa de norte e muito menos rumos ditatoriais. Ela é um sentido que não cabe nos manuais.
Ontem, me peguei sentado em versos solitários que mal sabiam eles da existência de flores que nascem em pedras pontiagudas. As flores germinam em terras sórdidas e mares escuros.
As flores que nascem em poesias, são tratadas como geminações de poetas solitários. Elas escondem versos que morrem em braços calejados.
São braços de poetas perdidos no tempo, com terapias que vos fazem refletir sobre as angústias que a vida nos dá. Versos que morrem nos dão sinais das flores que nascem.