Indagações sobre o amor...

Por que o amor às vezes

nos faz de tolos?

Será que é isso que chamam de:

"O amor é cego"?

O amor rege o coração humano

para o agir sem dolos?

Sempre ignora as evidências

e renega o próprio ego?

Será que o amor é permissivo

ou simplesmente inocente?

Ama-se o livre e o cativo,

o culpado e o inocente

com igual idolatria?

Quem ama nunca enxerga

ou ignora a grosseria

por não ser muito emotivo?

E esse amor é só motivo

de prazer e alegria?

Como é difícil compreender!

Quem ama sabe viver

ou delira de euforia?

Por amar sempre perdoa,

não maltrata e nem magoa

e age com sabedoria?

Essa questão é bem confusa!

Do ser amado se abusa

porque o sabe indefeso?

Ou quem ama sai ileso

de qualquer desilusão?

Alguém pode responder,

definir ou explicar

com clareza e precisão?

Quem ama sabe entender

ou padece de fraqueza?

Desconhece a natureza

da mentira e da vaidade?

Seria possível dizer,

afirmar e defender

que quem ama é otimista?

Que é compassivo e altruísta

pois crê na força do amor?

Alguém responda por favor

a estas indagações...

Seria o amor capaz

de, do seu jeito costumaz,

amansar os corações?

Ou o amor não vê maldade

nem alimenta o rancor,

pois só tem necessidade

de cuidar e de acolher?

Vive para incentivar,

aplaudir e bendizer?

Mas diz aí com certeza:

Seja do jeito que for

O amor também supera

medo, tristeza e espera

com leveza e com humor?

Será que o amor de verdade:

Sobrevive à saudade,

ao descaso e à inconstância?

Vence o tempo impreciso

e a tirania da distância?

Supera as dificuldades

quando impostas pela sorte?

E, se acaso for preciso,

vence o abandono e a morte?

Adriribeiro@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 01/08/2022
Código do texto: T7572915
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