PADECENTE...
Eu queria, depois; contar a história do nosso amor.
Mas, como? Se você não me permite te amar...
E, nesta história de amor, que nem houve;
Eu sou o único perdedor, sou o que sofre!
Sem este amor que seria a minha melhor história...
Perco em importância para as árvores e a chuva.
De mim sai um som de penúria, sei ser o nada;
Minha salva é um suspiro de dor, de desamor!
Como pode eu sentir saudade do que não houve?
Eu deveria ter segurado o teu rosto: te beijado.
Eu deveria ter agido; eu deveria ter feito algo.
Mas eu fiz foi esta solidão e este desamparo!
E, o nosso amor que nem houve nem haverá...
Ainda me ilumina a vida, ainda me dá poesia.
Eu, sozinho, me recomponho. E fico inteiro.
A vida, de maldade, me fez ser padecente!