Olhos de fogo!

Por enquanto, eu fico, vou seguindo meu caminho.

E enquanto a saudade não aperta, eu cuido de mim.

Conserto meu coração, refaço os muros quebrados, limito novamente as fronteiras.

E quando eu achar que está tudo bem, que posso sorrir de novo; sorriso livre, alma solta, pensamento vão;

E quando eu quiser me libertar e caminhar sozinho.

Quando eu achar que é assim o melhor pra mim

E ninguém além dos meus passos vencerão essas barreiras.

Eu deixarei livre, novamente livre meu coração.

Por enquanto eu fico aqui, no silêncio, nego que sorri, juro que não chorei.

Nada mais que apenas erros, meus e seus, por quanto tempo me perdi de mim.

Não achei a ninguém, o que adianta agora, o céu é escuro demais, e meus olhos claros não conseguem ver.

Perdi minhas lágrimas quando as deixei cair, até essas se foram, até essas me abandonaram.

Perdi meu pulso, meu sangue, espinhos por todos os lados;

Onde será que me encontro? Será que me perdi nas ventanias dessa avenida sombria e deserta.

Seus lábios se transpassam pela minha pele; minha voz quer seus lábios; quanto orgulho.

Cruel talvez, mas verdadeiro, e esse é o maior erro;

Meu melhor veneno porem vão;

Arrebatastes-me com um beijo;

Meu pior negro olhar, o mais nítido;

Feristes-me com teu toque;

Quanta frieza, engano!

Prendeste-me em teu olhar de fogo!!!

Nathalya Etchebehere
Enviado por Nathalya Etchebehere em 26/11/2007
Código do texto: T753156
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