Achado

Suave é tua fala todas as manhãs aos meus ouvidos, dissipando a imensidão da noite que mesma sem açoite surrou meu corpo com todo amor que durante o dia de ontem me prometeste.

Na palma da mão sua foto me traz alegria de um sonho sonhado no emaranhado da vida, na discrepância real que junta o amor a fantasia, apesar de infane une alma no silêncio a distância talvez vazia.

Entram em mim tuas palavras cujo significado é amor que nunca se deve rimar com discórdia nem com a dor, dizia Carlos Drummond de Andrade ao discursar poesia na folha de papel em branco na comunicação ainda precária que só se dava prevendo a mais valia.

Apesar de tudo, o amor prevalece no poema mal escrito, nos textos comerciais, nos anúncios de jornais e no telefone discado já quase mudo e no coração do poeta, que muitas vezes, por ser democrático, fala absurdo alimentando fantasia que jaz no coração aflito querendo se afastar de tudo, porém resiste.