NOITES ENCARDIDAS

 

Tem horas que a alma expressa

O que coração sente,

É beber o vinho em meia poesia

Sentindo um pouco de alegria,

Disfarçar que a porção da amargura

Deixa rastro em qualquer sentimento,

É entregar sem ter medidas dando

Asas à imaginação!

 

É o corpo lançado a exaustão,

A mente está travada,

Laços que prenderam as mãos.

Os olhos se perderam no assanhamento

Das noites encardidas,

O pouco que restou ainda com vida

Dói junto com a solidão!

 

Meus olhos se fecharam em dias

Em que o sol se põe a brilhar em vão,

Corroendo por dentro mexe um

Labirinto sem resposta,

Sinto alvo repetido em noite

De lua nova,

Armando a cama sem o colchão!

 

Sinto-me no paraíso cercado

De emoção,

Os pensamentos não foram

Esquecidos nem as palavras

Lançadas ao chão,

Achei em teus braços abrigos

Em tua ausência a metade

Do meu coração!

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 16/05/2022
Reeditado em 23/08/2023
Código do texto: T7517497
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