AMOR E DESENCONTROS

 

Pensei caminhar junto as sombras
Das palmeiras,
Desenhar os rios que desembocam
Próximos as fontes de águas doces,
Aplaudirem a natureza logo ao pôr do sol,

Ministrar a noite e passear no resplendor
Das estrelas!

 

 

É que as ondas não vêm em direção
Opostas,
Nem os peixes dormem quando 
As águas estão bem tranquilas,
O mar é o desconhecido que todos
Acham que conhecem,
O medo é como um grito que logo
Desaparece!

 

 A profundeza desse abismo traz
Tanta surpresa,
Sai do seu esconderijo um mundo 
Que me apavora,
O que doma vira presa e aproveita
A carne do que é dominado,
É a força da lei, o fraco é o mais desejado!

 

Aquieto-me sem perder as oportunidades,
As mãos também são provas e veracidades,
Encho-me de coragem para espantar
A covardia estampada nos olhos,
Corro o risco para que possa sair
Vitorioso,
É fácil desistir quando não há mais
Água no fundo do poço!

 

Luz só aparece quando há imensidão
De trevas,
Enxergamos só o que queremos ver,
E ficamos cegos para o futuro.
Só há amor quando os sentimentos
Se encontram,
Só existe a dor quando há desencontro
Do amor!

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 29/03/2022
Reeditado em 24/08/2023
Código do texto: T7483658
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