Não vale a pena sonhar
Ela é dona da beleza
E eu desse mosquetão
Ela canta com leveza
E eu xaxadeio o chão
Ela já viu o estrangeiro
E eu antigo tropeiro
Nunca deixei meu sertão
Eu passo olhando pra ela
Parece até São João
Meu peito em fogueira bela
Meu olhar vira um rojão
Faço um verso de improviso
Me pergunto sem juízo
Eu devo sonhar, ou não?