PINTO-TE
PINTO-TE
Pinto teu corpo em uma grande tela
Em minha aquarela de cores bem sutis
Margeio flores a tua imagem bela
Pra ver-te fascinante como sempre a vi.
Num pincelar componho-te em versos
Por entre os caminhos sinuosos teus
E divagando em sonhos mais diversos
Me devaneio nesses todos labirintos seus.
Visto de pétalas essa nudez tão graciosa
Margeando cores, odores e ramagens
Sobre essa tez reluzente e harmoniosa
Vou deleitando-me à tua doce imagem.
Num entressonhar poético e desejoso
Pinto-te, dos mais essenciais perfumes
Instigado às tuas formas majestosas
Me embaralho e respiro, em teus costumes
De: Rodrigues Paz
(Autor)